quarta-feira, 19 de agosto de 2015

16 de Agosto: eu fui

Olá,



Fui no dia 16 participar das manifestações da Paulista. Muito parecida com a manifestação de março, porém bem + focada em pedir impeachment da Dilma. Estava um pouco mais fácil de circular longe dos carros de som dos movimentos que organizaram o protesto, diferente de março, porém naquela época a ciclovia da Av. Paulista ainda estava em obras e aquela área do meio estava interditada, atrapalhando bastante a circulação. Tentei me aproximar do vão do MASP pra ver de perto algumas das pessoas mais famosas do meio, mas estava impossível pelo tamanho da multidão.

A realidade é que de março pra cá a situação piorou a um ponto que o Brasil se tornou um inferno. Não existe nenhuma esperança de que algum político vai conseguir consertar a destruição causada pelo PT e seus partidos aliados. O noticiário sobre política é uma tragicomédia diária de como o Estado brasileiro comanda as nossas vidas sob um loteamento completo de bandidos e interesseiros. O noticiário sobre economia é um show de horrores de um governo cujo único objetivo é tentar se manter no poder a qualquer custo, protegendo meia dúzia de movimentos sociais patrocinados que estão prestes a ir às ruas amanhã em defesa da inflação, desemprego, recessão, corrupção e cortes em direitos trabalhistas. O Facebook está repleto de idiotas compartilhando coisas mais idiotas ainda sem conhecimento algum sobre economia e focando em coisas irrelevantes como igreja e maconha (para o meu pesar ainda maior, vários professores de história com esse perfil). Para nós investidores, a nossa bolsa está a mercê do cenário político, com ações tomando porradas monstruosas (vide recentemente os bancos) quando especula-se mais intervenções, empréstimos subsidiados, mais impostos sobre lucros.

As últimas semanas foram catastróficas para quem ainda tinha uma pequena esperança de que Joaquim Levy seria o ministro que botaria ordem na casa. Acabou. O plano de superávit já era, a máquina estatal continua inchando sem parar e agora o governo volta a adotar as políticas do Guido Mantega, enterrando de vez qualquer esperança de credibilidade.

Ironicamente na semana passada sofri um assalto na porta do meu trabalho, na hora do almoço, com um posto policial a duas quadras dali. Colocaram uma arma na minha cara e tive que entregar meu celular pra não perder a vida de bobeira. A sensação de impotência brutal com tudo que vem acontecendo no país veio com força total. O Brasil não tem mais salvação no curto e médio prazo, quiçá no longo. A quantidade de transformações morais, éticas, políticas, econômicas, estruturais, educacionais, organizacionais que seriam necessárias pra promover uma mudança verdadeira e positiva não aparecem nem como luz no fim do túnel. Aqui é o país da malandragem, da bandidagem, do Estado todo-poderoso vomitando uma quantidade sem fim de leis, de sindicatos piores que o PCC, de artistas mamando em tetas estatais, de uma presidente com 7% de aprovação e a imprensa comprada em silêncio absoluto.




É o fim... estamos abaixo do volume morto.

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