Nova matriz econômica está de volta
Numa das semanas mais lamentáveis da história brasileira, fomos golpeados pelo STF bolivariano aparelhado pelo projeto de poder petista, que atropelou as funções da Câmara dos deputados e se tornou um novo poder que cria leis ao invés de aplicá-las. Eu tive o desprazer de ouvir na íntegra o julgamento do processo e perceber que a Dilma não sai de lá exceto por um cenário extremamente catastrófico para o Brasil, pois nem uma rejeição de 90% serve.
Agora há pouco, Nelson Barbosa, o pau-mandado da Dilmãe, tomou o lugar do natimorto Levy, que não fez absolutamente nada no tempo em que permaneceu, boicotado pelo próprio governo e também pela inaptidão política de defender suas idéias de uma forma mais sensata ao invés de repetir "CPMF" e "aumento de imposto" por um ano. Isso significa uma guinada à esquerda novamente, com Dilma cercada mais uma vez somente por puxa-sacos e comprados, que não terão coragem ou conhecimento técnico para questioná-la dos futuros absurdos e intervencionismos que ela certamente fará, tentando alterar a matemática básica do mercado e espantando de vez investidores.
O cenário agora é o mais propício para medidas ainda mais populistas e afrouxamento fiscal, que certamente irá resultar em mais inflação acompanhada de canetadas fortes contra o mercado, a iniciativa privada e investimentos, além de novas bolsas, pacotes de estímulo e distorções para agradar a massa ignorante e os que mamam nas tetas estatais (sindicatos, ONGs, MST e outros vermelhinhos).
Lamento muito de ver que o Brasil se tornou um péssimo lugar para nós investidores. Meu dinheiro hoje está basicamente em Tesouro Direto atrelado ao IPCA, que paga um rendimento real excelente. Esse foi o ano em que mais ganhei dinheiro em toda minha vida, porém, quase nada veio da bolsa. A maior parte veio de empréstimos, negócios com consórcios e de taxas absurdas da renda fixa. Esse dinheiro, em uma economia saudável, poderia estar sendo aplicado em start-ups, em tecnologia, em inovação, em produção, em qualquer coisa mais útil do que bancar os gastos públicos descontrolados do leviatã estatal em troca de juros pagos por todos nós, principalmente os mais pobres.
Continuo com a estratégia mencionada com Bitcoins nos últimos posts e estou estocando dólares, ainda mais depois de hoje. Não volto para a bolsa tão cedo, exceto por trades pontuais. Esse foi o ano que mais lucrei justamente por ter me tornado excessivamente avesso ao risco, e deu certo. Em um cenário como o nosso, a análise fundamentalista e técnica vai pra lata do lixo e tudo que resta é a análise política, totalmente imprevisível numa terra com Dilmas, Cunhas, Renans e Lewandovskys. Você analisa uma empresa, coloca seu dinheirinho lá e no dia seguinte sai uma MP destruindo o setor dela. Até mesmo a renda fixa está em perigo, com novas alíquotas de tributação, decisão totalmente irracional para esse momento.
Não existe saída além da queda de Dilma, e mesmo com isso, existe um vácuo gigantesco na nossa política a ser preenchido por pessoas competentes que façam o que é necessário, encarando toda a massa de resistência organizada pela esquerda, composta por "intelectuais" comprados, sindicatos, vagabundos (principalmente professores), cultura de aversão ao capitalismo de livre-mercado, que torna até mesmo a reorganização de escolas uma pauta inflada capaz de protestos violentos, invasões e difamações. Essa resistência é grande, é alimentada direto na fonte pela impressora de dinheiro e necessita de uma força política muito grande para enfrentá-la e principalmente escancarar para todo o povo o perigo que representam. Quem pode fazer isso hoje? Ninguém.
Esse é meu post de encerramento do ano, o fechamento das finanças eu farei somente em Janeiro. Ao mesmo tempo que financeiramente foi um ano muito bom por eu ter dançado conforme a música, foi um ano que irá marcar o Brasil como o ano do atraso e da destruição de valor promovida pelo Estado.
Obrigado a todos os visitantes do blog, são poucos mas são todos queridos. A nossa blogosfera carece de mais conteúdo relevante e acho que esse vácuo é muito mais fácil de ser preenchido do que o vácuo político brasileiro.
Feliz natal e um excelente ano novo para todos!