sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Fechamento do mês out/15

Salve salve nação aportadora,


Outubro foi um típico mês do horrível ano de 2015, só notícia ruim no cenário político e econômico. Vocês já estão carecas de saber. Esse mês de novembro será muito importante para acompanharmos o desfecho da incrível novela Cunha vs Dilma e ver quem cai primeiro. Façam suas apostas.

Pelo menos pra mim foi um bom mês financeiramente. Eu consegui lucrar com o BBDC4, vendi a 24 e pouco, acho que acertei o timing, depois caiu e voltou pro patamar de 21 reais. Consegui também fazer um swing trade com ITSA4 de sucesso. Recomprei ITSA4 agora no final do mês e vou aguardar os resultados trimestrais pra ver o que acontece. Banco pra mim é a melhor opção da bolsa a médio e longo prazo.

Comecei com o pé direito também nos bitcoins apesar de só ter colocado mil reais lá, já está batendo 1250. Devia ter comprado mais rs. Mas estou estudando e continuando com as idéias para os futuros posts sobre o assunto, o próximo já está na metade.

No final ficou assim:

Aporte: R$ 2.231,75
Rentabilidade do mês: 3,46%
Evolução anual: 18,36%

Estou desanimado no trabalho, não tive ainda reajuste de salário esse ano e pelo que conversei, vai ficar pro ano que vem. Culpa da crise. Mas se continuar a palhaçada vou ter que procurar outro emprego. Meus aportes estão cada vez mais suados e difíceis e todas as minhas contas fixas subiram acima da inflação de 10%. Os investimentos esse ano vão muito bem, mas eu tenho que separar o salário vs. a renda passiva para que eu não acabe acomodado e ganhando menos do que eu poderia por já ter uma parte da renda vindo dos investimentos de forma passiva.

Eu acredito que esse ano eu consigo cumprir a minha meta estabelecida de rentabilidade anual PELA PRIMEIRA VEZ! Estou muito feliz com essa possibilidade! Um dos efeitos dessa crise é apertar quem está abaixo da pirâmide mas também ajudar muito quem tem dinheiro sobrando pra investir e surfar nos juros estratosféricos da renda fixa. É a divisão social aumentando graças as burradas do governo como sempre.

Renomeei os elementos do gráfico pra ficar mais claro o que significam no patrimônio



Acho que é só isso.

Abraços!


terça-feira, 20 de outubro de 2015

[Bitcoins] Parte 1: Um novo modelo de moeda

Olá aportadores,


Com esse post dou início a uma série de posts sobre Bitcoins. O objetivo é inicialmente explicar o conceito da criptomoeda, depois mostrar formas de adquirí-las, usá-las e debater idéias de como aproveitar o potencial delas para formação de patrimônio.

Meu último post sobre sonegação e o peso do Estado me deram vontade de compartilhar ainda mais o que eu venho lido nos últimos anos sobre a moeda e minhas experiências pessoais.


O que é Bitcoin?


O Bitcoin é uma moeda descentralizada totalmente virtual e globalizada. A plataforma Bitcoin, além de armazenar as carteiras e o dinheiro, também funciona como uma rede de pagamentos sem a necessidade de intermediários.

O grande "lance" do Bitcoin é a tecnologia por trás que cria uma rede mundial onde todas as transações são registradas em diferentes pontos da rede em uma espécie de livro-razão (blockchain) compartilhado. Se eu mando dinheiro de A para B, isso não fica registrado somente em um único lugar e sim na rede inteira, garantindo a integridade da transação sem a necessidade de um banco central que tenha o controle completo sobre o sistema financeiro.
As carteiras virtuais são 100% anônimas e um único usuário pode ter quantas carteiras desejar. Você inclusive pode fazer parte da rede se tiver um bom PC em casa, para minerar novos bitcoins e também validar novas transações (e receber uma pequena comissão por isso).

A moeda foi criada no intuito de simular um recurso escasso real e finito, como o ouro. Para isso, existe um limite máximo de 21 milhões de moedas digitais que poderão ser mineradas. A dificuldade de mineração é exponencialmente mais complexa e estima-se que a última moeda será minerada somente em 2140 (e hoje existem cerca de 13 milhões de moedas mineradas). Pense nos números primos. Se torna cada vez mais difícil de achá-los quanto maior for o número. 

Toda a plataforma é open-source e não existe uma entidade central no controle. A mineração hoje exige máquinas robustas que ficam o tempo todo processando o algoritmo central do Bitcoin que gera novas moedas. O custo doméstico de deixar uma máquina comum ligada fazendo isso já não compensa o custo da energia elétrica necessária para a operação, sendo mais fácil participar de redes maiores emprestando poder de processamento do seu computador (e recebendo menos também).

Mas você não precisa participar da rede como minerador para usar Bitcoins. Na verdade você não precisa de muita coisa além de criar uma carteira virtual e utilizá-la através de algum site ou app específico.

Quanto vale um Bitcoin?

O valor da moeda é totalmente baseado nas leis de livre-mercado, ou seja, o Bitcoin hoje vale aquilo que os seus usuários estão dispostos a pagar na compra e receber na venda.

Eis um gráfico mostrando a evolução da cotação, em dólares:


Pelo gráfico percebemos um grande boom em 2013-2014 (época que o assunto bombou) e depois um declínio progressivo até chegar em uma fase de estabilização em 2015.

O que significa o Bitcoin nos dias de hoje?

O Bitcoin é a moeda dos sonhos de qualquer um cansado da interferência governamental na economia e da moeda sem lastro baseada em divida que existe hoje no mundo todo. O Bitcoin emula uma moeda deflacionária e finita, porém infinitamente divisível (hoje o máximo de decimais é 8 mas pode ser alterado). Em outras palavras: o Bitcoin foi criado para não existir nova emissão de moeda além do limite, apenas a valorização da moeda atual, o que permite o acúmulo de patrimônio e sua valorização sem a necessidade de investimentos e juros. Claro que a valorização só virá com a massificação do uso de Bitcoins pelos agentes do mercado, coisa que ainda caminha em passos lentos, mas progressivamente está se disseminando na economia.

Em países de moedas fracas como Venezuela e Argentina (e também na Grécia em épocas de fechamento de bancos), o Bitcoin serve como alternativa de proteção de patrimônio completamente livre das garras do Estado e acessível de qualquer lugar do mundo. O governo não tem como saber seu patrimônio em Bitcoins, não tem como saber o que você está fazendo com o dinheiro e em que lugar do mundo esse dinheiro está sendo usado, pois tecnicamente ele não existe, são apenas bytes se realocando de endereços também virtuais. Bytes que valem como moeda de troca por produtos e serviços.

Riscos do Bitcoin

Bitcoin está sujeito a fraudes e vulnerabilidades de segurança de seu protocolo assim como o Internet Banking do seu banco normal. Houve um problema grave em um dos sites mais famosos de negociação de Bitcoins, que armazenava as chaves de seus usuários internamente em seus servidores que foram hackeados. O ideal é usar uma plataforma que permita você fazer o backup de sua carteira e que não armazene sua chave privada em seus servidores, minimizando os riscos. O foco desse texto não é entrar na parte técnica, mas é bem fácil achar material na internet explicando o conceito técnico da criptografia envolvida nos Bitcoins.

Problemas atuais

O Bitcoin precisa ainda superar as barreiras de entrada para pessoas leigas entenderem como funciona a moeda e quais são suas vantagens. Se para nós aportadores não é tão simples imagina explicar para o seu Zé da padaria que ele pode começar a aceitar como forma de pagamento uma moeda digital que aparece ali na tela do celular dele. É complicado mas assim como o e-mail, é questão de melhorar a interface com o usuário final e criar um efeito de rede para popularizar a moeda.

A cotação oscilante também é um problema para quem quer receber em bitcoins mas não quer sofrer com a instabilidade da moeda, afinal ainda é muito difícil receber bitcoins e comprar coisas também com bitcoin sem antes convertê-los para a moeda local. Felizmente já existem corretoras de bitcoin que, quando uma nova quantia Bitcoin cai na sua carteira, ela automaticamente já vende e deixa o saldo na sua carteira em uma outra moeda como dólar ou euro.

Existe também o problema de falta de segurança jurídica (segurança x liberdade). Isso é bem complicado pois mais segurança jurídica provavelmente irá exigir no mínimo uma identificação nominal de quem é o detentor da carteira X, abrindo espaço para a famigerada receita federal.

Soluções atuais

Trabalha com TI e deseja fazer uns freelas para aumentar sua renda? Vende produtos virtuais como e-books, relatórios? Recebe doações para manter algum site/projeto? Com Bitcoin você pode fazer serviços para qualquer lugar do mundo e receber em Bitcoin sem a necessidade de pagar taxas bancárias, converter moedas, IOF, declarar imposto, emitir nota e etc.
Quer contratar pessoas de qualquer lugar do mundo para fazer serviços? Bitcoin. Inclusive dependendo do tipo de serviço prestado você pode criar uma empresa completamente virtual, que recebe em Bitcoin e paga funcionários em Bitcoin.

Quer ver ficar mais interessante? Quer viajar pros EUA, Canadá, Europa, sem precisar converter sua moeda em casa de câmbio ou pagar IOF no cartão de crédito? É possível ter cartões de crédito pré-pagos com Bitcoin! Você compra Bitcoin em reais e usa a moeda digital para carregar um cartão em dólar por exemplo, pagando a cotação do dólar comercial e evitando taxas bancárias e impostos. Mais seguro do que levar dinheiro em espécie e permite que você faça cargas fracionadas aproveitando as quedas do dólar ao invés de arriscar fazer compras e aguardar a cotação no fechamento do cartão.

Você também pode ocultar seu dinheiro fora do radar bancário. É um dinheiro que ninguém nunca vai acessar sem a sua chave privada e senhas. Pense nas possibilidades para impostos, heranças, divisão de bens em divórcios... um dinheiro que ninguém tem como saber que você tem. Claro que essa liberdade também permite vários tipos de crimes, e aí vai da moralidade de cada um.



Bom, esse foi o post introdutório. Os próximos serão direcionados a como abrir sua carteira, comprar moedas em corretoras/sites de venda direta e aproveitar os recursos que eu mencionei aqui. Mandem dúvidas e sugestões nos comentários.


Abraços!



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sonegar é preciso (e necessário)

Viver no Brasil não é para amadores, definitivamente. A máquina estatal em 2015 mostra seu peso colossal da forma mais clara dos últimos anos, mostrando como nosso Estado é inchado, devorador de recursos, burro e ineficiente. O noticiário recente mostra que o governo brasileiro é um buraco negro que consome todas as nossas riquezas mas cuja sede é insaciável, e o encolhimento necessário para que o país possa voltar a respirar não está nem sendo cogitado como alternativa.


A curva de Laffer


Esse vídeo mostra como a carga tributária pode inverter sua função e começar a atuar como um freio na economia, diminuindo o potencial da própria arrecadação estatal. Onde será que o Brasil está nessa curva? E a influência dos juros e inflação? E o custo do cálculo dos tributos? Não é difícil perceber o quanto potencial tem o país e o quanto disso é completamente imobilizado pela complicação tributária e jurídica, além do custo do capital para novos empreendimentos e o risco elevado demais comparado ao rendimento pago pela renda fixa.

Mas será que os políticos brasileiros tem noção disso?

Joaquim Levy, 08/09/2015: “Em relação aos países da OCDE, a gente tem menos impostos sobre a renda, sobre a pessoa física do que na maior na parte dos países da OCDE. É uma coisa a se pensar”.

Aqui, o ministro do Bradesco, elogiadíssimo pela imprensa por ser um grande economista, diz uma merda intelectualmente desonesta, olhando apenas para a alíquota do IR sobre pessoa física e esquecendo que a carga tributária total em relação ao PIB daqui é 35,7%, a maior da América Latina. Chile, Canadá, EUA, Suíça e outros países da OCDE possuem carga bem inferior e oferecem serviços públicos de qualidade muito superior a nossa. É uma mentira, característica marcante do governo, para tentar convencer a parcela ignorante e esquerdistas da população que podemos aumentar ainda mais os impostos, ainda mais sobre os "mais ricos" (aqueles que ganham mais de R$ 4600 de acordo com a tabela do IR, nunca atualizada corretamente com a inflação, o que já se configura como um imposto extra ignorado pela mídia).

Marcelo Castro, novo ministro da saúde, no dia da sua posse, 02/10/2015: 


O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), defendeu a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) nesta sexta-feira (2) logo após ser anunciado como o novo ocupante do cargo. Castro quer que a CPMF seja "permanente". Ele disse que o tributo é o "melhor imposto que existe", que a população "não vai nem sentir" o impacto do novo tributo e que a sociedade estaria disposta a fazer esse "sacrifício" para ter mais qualidade na saúde.
O nome de Marcelo Castro como novo ministro da Saúde foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã desta sexta-feira. Ele faz parte da cota do PMDB que ampliou a sua participação no governo da petista. De seis ministérios, o PMDB passou a ocupar sete. Castro entrou no lugar do petista Arthur Chioro.
Ao falar sobre a necessidade de obter mais recursos para a Saúde, Castro defendeu a recriação do novo tributo. "A CPMF é o melhor imposto que existe. Porque ele tem uma baixa alíquota, ele é 'insonegável'. Ele não gasta nada para ser arrecadado. É [custo] zero para ser arrecadado e arrecada um volume grande sem onerar ninguém", disse Castro.
O novo ministro, que é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a população não vai sentir os efeitos da CPMF. "Se você chegar para um trabalhador que ganha R$ 1 mil e dizer que ele vai contribuir com R$ 2 para poder ter direito a ter uma saúde melhor Acho que todo brasileiro estaria disposto a contribuir. Não sente", afirmou.
Castro defende que a nova CPMF tenha uma alíquota de 0,20% sobre movimentações financeiras. Até ser extinta, em 2007, a alíquota da CPMF era de 0,38%. "Nossa proposta é continuar com a mesma alíquota de 0,20% e arrecadar o dobro, vamos cobrar no débito e no crédito", disse.
Castro diz entender que o novo imposto seria "impopular", mas afirmou que o melhor é que o imposto perdesse o caráter "provisório" e fosse permanente. "A minha tese, o meu ponto de vista, não é do governo, é que ele seja permanente", disse Castro. Segundo ele, o governo federal ficaria com 50% do valor arrecadado e o restante seria dividido igualmente entre Estados e municípios.

Esse aqui mal chegou e já escrachou a inteligência do brasileiro com o papo mais mentiroso e oportunista possível. Primeiro quer que o imposto seja permanente, depois diz que não será sentido pela população (agora temos impostos invisíveis que arrecadam mais de R$ 30 bilhões por ano?), mas o melhor fica pro final: numa tentativa de fazer comédia ou realmente na fé absoluta que está lidando com uma população composta por retardados, ele defende que a alíquota seja de 0,2%, porém que seja bitributada na fonte e no destino. É a canalhice atingindo níveis inacreditáveis. O débil mental tem idéia do impacto de mais esse imposto em todo o sistema? O efeito inflacionário? A recessão ainda maior que isso vai colocar o país? E ainda é um imposto para alimentar um dos piores buracos negros comedores de recursos: a saúde pública. Você pode jogar trilhões ali e o resultado será o mesmo, apenas desperdício e o dinheiro indo parar na mão de meia dúzia de parasitas.


Sonegue o quanto puder. Não peça nota fiscal. Largue o CLT e vire PJ pelo Simples Nacional se possível. Tire o máximo de recursos da mão do governo e administre você mesmo. Utilize todos os recursos possíveis para não dar 1 centavo do SEU dinheiro na mão dessa corja de vagabundos parasitas. Compre dólares, bitcoins, ouro, qualquer coisa para proteger seu patrimônio desses demônios. O Brasil é a vida no modo Hard, então jogue com os recursos que tem e lembre-se que o governo é o seu pior inimigo.