Quem começa a investir na bolsa sem algum tipo de instrução ou orientação inicial acaba sempre procurando referências na internet pra tentar achar qual é "a boa" da vez. A ilusão de ganhos rápidos, somada com a inocência dos novatos e o excesso de confiança acaba atraindo um grande mar de desavisados para os fóruns sobre ações, como por exemplo os da ADVFN. Ali, o investidor novato encontra tópicos especializados em alguns papéis, a maioria micos, e encontra ali um bando de pessoas que se dedicam a postar informações sobre o ativo em questão.
Eu mesmo já participei ativamente em alguns fóruns no meu começo da vida de especulador então posso dizer com certa experiência que participar desses fóruns é a pior coisa que um investidor iniciante pode fazer na vida, a não ser que seu objetivo principal seja ser enganado e perder dinheiro.
Nesses lugares você encontra os seguintes perfis:
As Alices - São os "investidores" que vivem no País das maravilhas. Funciona assim: eles pegam todo o dinheiro da vida e colocam em um único ativo, geralmente um mico daqueles bem micados mesmo como MILK11 ou AGEN11. Então, eles dedicam o dia-a-dia para ficarem nos fóruns postando opiniões sem embasamento nenhum e criticando os vendedores da ação. Frases do tipo "esse papel vai chegar a 5 reais em breve" (quando o papel está cotado a 0,30 centavos), "os vendidos vão chorar logo logo", "uma das melhores oportunidades da bolsa" são constantes e eles acabam criando uma certa panelinha de idiotas que continuam iludindo uns aos outros, formando uma espécie de seita bizarra ao redor do ativo. Se você aparece lá fazendo uma análise realista do papel, eles vão te criticar e te excomungar do fórum pra sempre.
Os reclamões - Consistem nas pessoas que não entendem o que é renda variável, compram algum ativo sem estudar os fundamentos ou a tendência técnica do ativo, começam a perder sem parar e vão descarregar suas frustações na internet ao invés de vender logo a merda do papel. Você os identifica principalmente pois eles adoram reclamar da CVM e acham que existe uma grande conspiração dos "tubarões" contra os sardinhas, como se existisse uma grande organização criminosa que atua contra eles e faz eles perderem todo o dinheiro da vida. Eles nunca estão errados. É o mundo que está.
Os videntes - São os grandes gurus anônimos da bolsa que postam previsões diárias. Identificados geralmente porque postam "vai fechar a X reais", "a crise tá chegando aqui a Bovespa vai cair a 20000 pontos até dezembro", "hoje é alta vai subir 10%". Tem as versões pessimistas e otimistas, geralmente os otimistas também se encaixam no perfil Alices e você os encontra hoje em abundância em fóruns da OGX. Alguns são bizarramente famosos e seguidos por outros, e não raramente essa gente forma panelinhas para tentar manipular o valor de alguns ativos.
Os perdidos - São aqueles que claramente não sabem o que estão fazendo e vão procurar ajuda no pior lugar possível. É aquele cara que não entende nada de nada e entra no fórum da Agrenco pedindo orientação de onde investir dinheiro. Aí chega uma Alice e diz pra ele comprar tudo em Agrenco pois ele com certeza irá dobrar o capital em 2 meses no máximo. É aquele cara que não sabe nem quanto a corretora dele cobra de corretagem.
O que concluir com tudo isso? Fuja desses lugares. Não visite esses fóruns durante o pregão, principalmente em momentos onde você está com o emocional descontrolado (geralmente durante algum erro que você cometeu). Nunca, mas nunca mesmo, faça qualquer operação baseada em alguma dica recebida nesses lugares. Crie a sua estratégia particular e siga-a a risca. Coloque seus stops e não crie raízes com nenhum papel se quiser realmente ser um trader. Se for buy and holder, leia balanços ao invés de opiniões alheias. Existe muita gente iludida nesse meio que não entendem quais são as regras do jogo e trazem mais pessoas para o buraco junto com elas, e infelizmente essa é a grande maioria de usuários desses fóruns. Você pode perceber isso pela quantidade de tópicos destinados a empresas ruins, falidas ou pré-operacionais, e a baixa quantidade de tópicos relacionados a boas empresas. Fique esperto!
Quando a pessoa começa a se interessar por finanças e estudar sobre o assunto, logo sai atrás de bons livros que falem sobre investimentos e instruções gerais de como conseguir enriquecer. Temos bons autores nacionais, porém a maior parte do conteúdo é geralmente composta de livros americanos. Ao ler essas obras geralmente a pessoa fica fascinada e quer seguir as idéias de Buffett, Lynch e do Pai Rico, mas é importante também entendermos as diferenças entre o nosso Brasilzão e a terra do Tio Sam, para analisar melhor o que dá e o que não dá certo por aqui.
Resolvi então resumir em alguns tópicos as peculiaridades entre cada mercado:
Nossa renda fixa rende mais (mas nosso crédito é muito mais caro)
O Brasil é um país habituado com taxas de juros exorbitantes, graças a uma história de economia cagada turbulenta, baixo desenvolvimento industrial e tecnológico, entre outros fatores. Então aqui é relativamente fácil encontrar investimentos que rendam + de 4% a.a. sobre a inflação. Lá fora, os títulos de renda fixa rendem bem menos, mas as taxas de juros sobre o crédito são beeeeem menores do que aqui com nosso cheque especial de 200% a.a.
Nosso mercado de ações ainda é muito restrito para empresas pequenas
Esse é um ponto muito preocupante: IPOs no Brasil (ofertas públicas de ações, quando uma empresa abre capital e estréia na bolsa) só acontecem com empresas já muito valiosas, enquanto nos EUA é muito comum empresas menores e start-ups abrirem capital logo no começo, permitindo a entrada de investidores interessados em crescer junto com a empresa, o que traz melhores oportunidades de ganhos (e também riscos maiores). Aqui os grandes bancos só realizam IPO de empresas já muito grandes e consolidadas no mercado, pois eles faturam mais com isso.
Isso restringe nosso leque de small caps (quanto tempo faz que não aparece uma nova small cap abrindo capital?) e consequentemente nossa bolsa fica muito amarrada a empresas já bilionárias, sem perspectivas tão altas de crescimento quanto um Google antes da fama. Nosso número de investidores pessoa física é bem menor
Um país com 200 milhões de habitantes e que possui cerca de 600 mil pessoas investindo diretamente em ações (3% da população). Enquanto nos EUA as pessoas são acostumadas desde cedo em investirem em renda variável (54% da população), com muitos aposentados fortemente alocados em ações recebendo seus dividendos. Pelo nosso histórico econômico horrível, não houve tempo para que criássemos a cultura de investimentos de maior risco, pois os nossos aposentados passaram por períodos de hiperinflação, confisco da poupança e etc. Nossa bolsa depende muito do capital estrangeiro
Por ser um investimento pouco atrativo para pessoas físicas, o capital estrangeiro é que controla pra onde vai o mercado por aqui. Isso torna nossa bolsa mais volátil e sensível a notícias que deveriam ter baixo impacto por aqui. Os últimos meses mostram claramente isso.
Nossa burocracia atrapalha tudo
Uma coisa que eu acho sensacional sobre os americanos é como a cultura empresarial deles encoraja a pesquisa, experimentação e inovação. O governo estimula o empreendedorismo removendo a burocratização, facilitando acesso a crédito e dando mais possibilidades para as pessoas tentarem seus negócios. Aqui, o Estado gosta de complicar, travar, tributar e sufocar o coitado que tenta colocar sua idéia em prática, desencorajando a população e fazendo com que ela dependa mais do governo através de leis trabalhistas absurdas para sustentar sindicalizados vagabundos e incompetentes, e cargos públicos muito melhor remunerados do que os privados.
Nosso governo só tem idiotas
O cenário é negativo para nossa economia enquanto a corja de incompetentes que está no poder hoje não sair de lá. Estamos cada vez mais a mercê do intervencionismo, nossa indústria está morrendo, os preços não param de subir, e o governo rouba cada vez mais nosso dinheiro para gastá-lo muito mal. Somos amigos demais dos nossos vizinhos socialistas psicopatas da Argentina, Venezuela e Bolívia e amigos de menos daqueles que poderiam realmente trazer benefícios econômicos para nós, como EUA e Europa.
Mais um jogo relacionado a dinheiro no post de hoje. Aliás, um dos mais relacionados a dinheiro, por incrível que pareça. Um jogo que levou mais de 10 anos pra ficar pronto e o resultado... bem, você verá durante o post abaixo.
Ação viciante pra todas as idades
A franquia Diablo, produzida pela Blizzard (mais conhecida pela franquia Warcraft) começou com um jogo de PC de 1995 que marcou história pela incrível qualidade gráfica e jogabilidade. Em Diablo você cria um personagem baseado em uma classe (Diablo 1 tinha o Warrior, Sorcerer e Rogue) e enfrenta as forças do satanás em dungeons geradas aleatoriamente (o jogo muda cada vez que você joga, o que garante um replay muito alto). Esse estilo de jogo é mais conhecido como hack 'n' slash, onde você basicamente passa o tempo todo clicando que nem um doente para matar as criaturas e acumulando itens e riquezas.
O sucesso dos dois primeiros jogos se deu pela história muito bem construída apesar das limitações da época e da jogabilidade muito viciante. O "core" do jogo consiste em encontrar itens de melhor qualidade que os seus atuais. Alguns itens são ultra-raros e exigem que o jogador jogue inúmeras vezes até conseguir encontrar o objeto desejado.
Porém existia um problema: por causa da tecnologia limitada da época, era difícil para a empresa conter os hackers que criavam programas para hackear a estrutura do jogo e obter os melhores itens e outras vantagens. Além disso, existia um mercado negro onde pessoas costumavam vender itens pelo ebay e outros sites de leilão em troca de dinheiro real. A economia gerada pela aleatoriedade dos itens poderia ser explorada de uma maneira mais eficiente e lucrativa para a empresa nesses novos tempos. E foi exatamente isso que a Blizzard fez.
Um jogo criado ao redor de uma economia
Diablo 3 atacou os dois problemas anteriores diretamente: primeiro, boa parte da lógica do jogo roda nos servidores da Blizzard e não mais na máquina local do jogador, o que trouxe o enorme inconveniente de exigir que o jogador fique conectado o tempo todo para jogar, mesmo se quiser jogar sozinho. Segundo, foi criada uma Casa de Leilão dentro do jogo, onde os jogadores podem anunciar seus itens e vender por dinheiro de jogo (gold) ou dinheiro real, bonitinho, integrado com Paypal e tudo. A empresa fechou o cerco contra os hackers e direcionou o desenvolvimento do jogo todo orientado sobre esse aspecto econômico.
E foi aí que as coisas não deram muito certo. O lançamento do jogo bateu recordes de vendas e milhões de pessoas compraram para jogar no dia de estréia. Só que como o jogo roda boa parte nos servidores da empresa, a demanda foi muito maior que a oferta e o lançamento foi um desastre completo. Ninguém conseguia efetuar login, e quando conseguia, jogava por poucos minutos até que o jogo derrubasse a sessão. O problema durou por várias semanas e a empresa ficou bem queimada com os jogadores, que queriam no mínimo poder jogar em paz sozinhos e offline.
Mas esse problema do lançamento foi apenas a ponta do iceberg. Na verdade, o grande problema de Diablo 3 é que ele foi totalmente construído ao redor da economia do jogo, e a empresa optou por simplificar muitos conceitos importantes e remover elementos que consideravam desnecessários. Só que acabou simplificando além da conta. Nas versões anteriores, além do foco em colecionar itens melhores, o jogador também se dedicava a construir seu personagem de forma personalizada. Cada vez que você avançava de nível, era possível personalizar alguns atributos e selecionar as skills que mais se adequavam ao seu estilo. Dessa forma, o jogo possibilitava que o jogador usasse a criatividade e construísse personagens bem distintos, como um guerreiro especializado em armas de longo alcance ou um mago focado apenas em magias de ataque. Em Diablo 3, tudo isso acabou. Ao subir de nível o jogador não personaliza nenhum atributo do personagem, que vai evoluindo automaticamente, e as habilidades são destravadas automaticamente, de forma que você não "constrói" o seu herói, e sim seleciona as habilidades favoritas. Em resumo, um Wizard no nível 60 é exatamente igual a qualquer outro Wizard no nível 60, exceto pelos itens e skills selecionados no momento. Essa simplificação excessiva foi feita para atrair mais jogadores e fomentar a economia, e conseguiu.
Mas veja só: game designers são bons em desenvolver conceitos divertidos para um jogo, mas não significa que saibam equilibrar uma economia. E eles erraram justamente no equilíbrio dos itens do jogo.
Com milhões de jogadores ativos e uma Casa de Leilões prontinha para gerar lucro para a empresa (que fica com uma % de todo o dinheiro que circula ali), era óbvio que seria necessário fomentar essa economia criando itens ultra-raros. Para facilitar a vida dos criadores, eles também simplificaram bastante as mecânicas dos itens, que eram muito boas em Diablo 2. Antigamente, os itens possuíam algumas propriedades básicas, como o dano, velocidade de ataque e etc., mas também permitiam ser expandidos através de jóias e outros itens que poderiam ser anexados a eles. Então havia a possibilidade de você achar uma espada mediana, anexar uma jóia rara a ela e transformá-la numa espada poderosa que tem 3% de chance de soltar raios aleatórios nos inimigos, por exemplo. Bom, isso também foi excluído. Agora os itens possuem somente as propriedades básicas e as jóias foram reduzidas a 4 tipos, que servem apenas para aprimorar as mesmas propriedades básicas. Tudo isso foi feito para simplificar o sistema para que todos os jogadores pudessem entender melhor o que estão comprando na Casa de Leilão (afinal fica mais fácil comparar um item com outro se a única coisa que você precisa olhar são alguns números).
O resultado disso foi uma avalanche de críticas sobre o sistema de jogo que perdura até hoje. Era até engraçado entrar nos fóruns oficiais de Diablo 3 nos primeiros meses, pois era uma enxurrada de usuários reclamando e pedindo o dinheiro de volta. O principal é que o jogo se tornou muito simplista, tedioso e dependente da economia, pois a chance de cair um item realmente bom é tão pequena que se torna impossível avançar no jogo sem precisar recorrer a Casa de Leilões de tempos em tempos.
Conforme os meses se passaram algumas coisas melhoraram um pouco e foram criados novos itens lendários que traziam um pouco da graça dos itens de Diablo 2, com poderes diversificados e etc. Mas o "core" do jogo continuou o mesmo, e muitos jogadores abandonaram o barco. Diablo 2 foi sucesso durante muitos anos, com um fluxo constante de jogadores jogando quase que diariamente. Diablo 3 é divertido até um certo ponto, depois se torna apenas um jogo de ficar caçando itens bons na Casa de Leilões. Minha lista de amigos e conhecidos do jogo indica que a maioria deles não faz login há mais de 150 dias (inclusive eu que só entrei pra ver isso). Tem algo errado aí.
É uma pena, pois os gráficos são bons, o jogo é bem estruturado e realmente é muito divertido no começo, mas o excesso de simplificação acabou com o fator "replay" que fez com que as duas versões anteriores fossem tão bem-sucedidas. Diablo 3 foi um experimento que acabou resultando em uma economia forte e um jogo somente razoável. A empresa vai lançar agora as versões para Xbox e Playstation (que são independentes e não necessitam de conexão online e também não possuem Casa de Leilão) e prometeu novidades para os próximos meses. Eu estou cético, mas veremos.
Olá pessoal! Perdendo muito dinheiro na bolsa? Eu também =\
Hoje temos mais um review de um livro sobre finanças: A Lógica do Cisne Negro - Nassim Nicholas Taleb
O caos do imprevisível
Você é um peru. Você nasce em uma granja, vive em um ambiente confortável e é alimentado por humanos durante toda sua vida. Seus dias são simples, você é bem cuidado, bem servido e vive tranquilo. Se fosse traçar um gráfico de longo prazo sobre sua vida, seria uma linha ascendente indicando que seu peso está aumentando e assim será durante muitos anos, até seu envelhecimento. Até que um belo dia alguém quebra seu pescoço e você vai parar na mesa de jantar de uma família no natal. Quem diria? Se você fosse o peru, esse seria um "cisne negro".
Um cisne negro é caracterizado pelo autor por ser um evento raro, imprevisível e de alto impacto. Taleb demonstra um vasto conhecimento pelo assunto, citando inúmeros autores de obras sobre economia, finanças e ciências e seus estudos sobre o caos (e geralmente discordando da maioria deles). De forma metafórica ele consegue encadear reflexões sobre como somos iludidos pela idéia de estabilidade e equilíbrio em um mundo cada vez mais sujeito aos efeitos desastrosos de eventos inesperados.
O inesperado impera por todos os lados em todos os momentos da nossa história, mas ao olharmos pra trás eles são ignorados como se fossem detalhes e o passado parece ser uma linha reta levemente organizada, com algum evento aqui e outro ali pra bagunçar as coisas.
O fato é que o ser humano anseia em adaptar a realidade para algum modelo matemático simplificando, reduzindo as pequenas variantes que justamente desencadeiam os eventos mais inesperados e catastróficos. Olhamos para o passado para tentar enxergar o futuro, como se o passado enquanto foi presente fosse claro para aqueles que viveram naquela época.
Um exemplo: poucos anos antes da primeira guerra mundial ninguém imaginava que em um curto intervalo de tempo o mundo entraria em um conflito de tamanha proporção com milhões de mortos. Mas ao olharmos para o passado somos iludidos pela "falácia narrativa", ou seja, os fatos são apresentados para nós com um contexto narrativo, muitas vezes um modelo falso da realidade. Então imaginamos que para quem viveu naquela época a guerra era algo esperado por todos.
Essa visão achatada do passado acaba gerando a idéia de que olhando para trás podemos ver o que está adiante. Perdemos nosso tempo desenvolvendo modelos e técnicas para encontrarmos padrões e diminuir o impacto do caos. Criamos universidades e prêmios internacionais para aqueles que conseguem aparentemente prever o futuro.
Uns dos capítulos mais interessantes é quando ele aborda a questão dos especialistas, argumentando que em certas áreas como economia e finanças, simplesmente não existe nenhum tipo de especialista capaz de prever coisa alguma, mas que periodicamente algum estatístico ou economista cria algum novo modelo matemático que se propõe a explicar alguns eventos raros e acaba sendo reconhecido como especialista na área.
O resultado nós vemos diariamente: analistas de corretoras e bancos famosos com seus relatórios pomposos que mudam a cada semana. Novas técnicas de análise gráfica e baboseiras do tipo. Os tais especialistas em bolsa dando dicas em fóruns e sendo cegamente seguidos por tolos. Pessoas humildes que deixam seu dinheiro na mão do gerente do banco "porque ele sabe o que está fazendo". E também os Guidos Mantegas, Eikes Batistas e etc. Estratégias
O livro não se aprofunda em estratégias de investimentos, mas o autor, que também era operador de bolsa de valores, sugere uma grande alocação em renda fixa e uma pequena fração de seus investimentos em renda variável com estratégias bastante agressivas, do tipo tudo-ou-nada (small caps problemáticas, opções etc). O mais interessante da obra é abrir a mente para como somos altamente influenciados por falácias, excesso de notícias, "analistas" e oportunistas.
Temos que procurar ser paranóicos onde ninguém é, tentando se proteger da maioria dos cisnes negros negativos e aumentando a exposição aos cisnes negros positivos. O que seriam eles? Boas oportunidades de negócios, contatos com pessoas que possam trazer benefícios na carreira, os investimentos agressivos citados anteriormente.
Me identifiquei bastante com as idéias do autor, sempre fui muito cético, principalmente quanto a análise técnica/gráfica. Recomendo fortemente o livro, você sendo iniciante em bolsa ou veterano, é uma literatura bastante completa, densa, mas ao mesmo tempo clara e precisa em sua mensagem.