segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Analfabetismo financeiro

Post rápido!

Direto do Estadão:

Apesar do recuo da inadimplência para níveis históricos, o brasileiro ainda tem pouco conhecimento sobre as suas finanças, independentemente do estrato social. Oito em cada dez entrevistados não sabem como controlar as despesas, revela uma pesquisa nacional feita em dezembro com cerca de 650 pessoas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A enquete mostra que apenas 18% dos entrevistados têm bom conhecimento sobre as finanças pessoais. A economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, destaca que esse resultado praticamente se repete para todos os estratos sociais. Em 84% dos domicílios com renda mensal de até R$ 1.330, o chefe da família tem parcial ou nenhum conhecimento sobre as finanças da casa. Essa fatia cai para 86% no caso das famílias com rendimentos entre R$ 1.331 e R$ 3.140 e recua para 76% para aquelas com receita acima de R$ 3.141. Mas ainda é um porcentual alto.
"O consumidor adulto se mostra muito pouco preparado em relação às finanças pessoais", afirma Luiza. A economista ressalta que há uma relação direta entre saldo negativo na conta corrente e o baixo conhecimento financeiro. Quase 70% daqueles que têm baixo ou nenhum conhecimento sobre as finanças pessoais terminam o mês no vermelho ou no zero a zero na sua conta corrente. Esse resultado recua para 29% para aqueles que acompanham as suas receitas e despesas. 
Descontrole. Um dado que chamou a atenção é que mais de um terço dos entrevistados (36%) sabiam um pouco ou nada sabiam sobre as contas regulares que deveriam pagar este mês, com resultados muito parecidos para as três faixas de renda analisadas. No caso das despesas extras de início de ano, mais da metade (57%) não sabia exatamente quanto deveria gastar a mais. Há também falta de conhecimento do lado das receitas, com 40% dos entrevistados declarando não ter informações exatas sobre a renda.
A principal dificuldade apontada pelos consumidores de todas as classes sociais para controlar as finanças pessoais foi a disciplina para registrar gastos e receitas com regularidade, com 39%. Mas fazer contas é tido como um problema para 6% dos entrevistados. Esse resultado dobra (12%) no caso do estrato com menor renda.
Fôlego. Além da falta de controle das despesas e receitas, outras informações relevantes reveladas pela pesquisa são o ímpeto do consumidor para ir às compras e a falta de fôlego financeiro: 38% dos entrevistados informaram que às vezes, ou nunca, avaliam a sua situação financeira antes de adquirir um bem.
A falta de reservas financeiras é nítida quando se avalia que mais da metade (55%) dos entrevistados não conseguiria se manter por mais de três meses em situação de dificuldade. "Como o tempo de recolocação no mercado de trabalho é de sete meses, esse resultado é preocupante, se houver um tropeço no emprego", diz a economista.
A escassez de controle dos brasileiros sobre as suas finanças ocorre num momento em que os índices de inadimplências registram baixas históricas. Na avaliação de Luiza, esse cenário não é contraditório com a falta de rigor nas finanças pessoais porque o principal fator, na sua opinião, que levou ao recuo do calote foi a cautela do sistema financeiro na aprovação de novos créditos. 
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,80-dos-brasileiros-nao-controlam-suas-financas,176437,0.htm

Tá certo que o país em que vivemos é uma merda, é burro, é ignorante etc., mas toda vez que eu olho pra uma matéria dessa eu não consigo acreditar como o assunto dinheiro ainda é tão mal explorado por pessoas que passam 14 horas por dia se dedicando a ele.

Nós aportadores sem dívidas já somos vitoriosos por simplesmente pensarmos diferente de toda a massa de pessoas. Num país com uma moeda tão cara como a nossa, é triste constatar o alto nível de estupidez econômica das pessoas que trabalham o dia inteiro por dinheiro. Mas na hora de fazer a fezinha na loteria toda semana a pessoa não se importa de pegar fila da lotérica.

Graças ao nosso analfabetismo financeiro a sociedade brasileira só consegue viver segura com seus FGTS, seguro-desemprego, multa de rescisão de contrato e etc. e ainda acham bacana o governo ser legal e pegar uma fatia do seu salário emprestada rendendo menos que uma poupança vagabunda.

Mas esperar o que da geração de rolezeiros e rolezeiras que vem por aí, se preocupando apenas com os status, fotinhas no instagram e tênis de marca? Nada é tão ruim que não pode piorar.

Pelo menos nós, aportadores, estamos a anos-luz de vantagem dessa gente!



Abraços!

9 comentários:

  1. Fala Nerd! Num país em que boa parte da população tem dificuldades de compreender textos simples e fazer somas matemáticas básicas, não é de se espantar que o conhecimento em finanças pessoais seja ridículo! Estamos num país onde a educação básica é deixada de lado. O que dirá sobre a educação financeira!

    Lamentável!

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    1. Caminho certo pra que tanto político populista consiga vender sonhos... porque será que toda oposição é de esquerda né? Direita é pra países com o mínimo de cultura formada...

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  2. Espero que nossos blogs pelo menos acordem algumas pessoas.
    Já é alguma coisa. abs

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    1. Não se iluda: o blog de maior audiência é uma verdadeira latrina!

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    2. Que sirva de orientação para as pessoas, mas é difícil, geralmente quem procura acessar esses blogs já faz parte do mundo dos aportadores...

      Abraços!

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  3. Nerd, interessante ler seu post hoje, se me permite, vou utilizá-lo como referência para um post que estou planejando para o MnA, nesse post vou contar um pouco do que vivenciei esse dias na minha Pós-Graduação, foi simplesmente ridículo ver que 90% da sala não tinha nenhum controle ou noção dos gastos do mês e olhe que estamos falando de pessoas com um grau de instrução alto. Infelizmente essa é a realidade.

    Abraço!

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    1. Pode utilizar a vontade!
      No curso de pós-graduação que eu fiz eu convivi com muitas pessoas ambiciosas por cargos de alto nível nas empresas que trabalham, mas que viviam com o cartão de crédito estourado (e se gabam do limite alto de crédito do cartão como se isso fosse algo bacana) e se preocupavam em comprar os novos iPhones assim que saiam... é ridículo.

      Abraço!

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  4. Gostei da fotinho. Como um cerebro faz falta...

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