segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Fechamento do mês set/13

Hello visitors!



Setembro, o melhor mês para a bolsa brasileira (não significa muita coisa porque este ano está uma bela bosta). Conforme já comentei anteriormente, passei o mês efetuando trades.

A rentabilidade final da carteira de ações ficou em 5,82%. Na renda fixa, fiz alguns investimentos em LCIs no começo do mês, pré-fixada e atrelada ao IPCA, que vem dando um resultado interessante. A rentabilidade média foi de 0,72%. Meu aporte do mês foi de R$ 3500,00.

 Meu carro está um lixo, preciso vendê-lo em breve e comprar um semi novo bom,. Me falta coragem para isso, não aguento ter que ficar gastando com carro. Fora a insegurança de andar com um veículo mais novo. Essa é uma vantagem interessante do carro velho que pouca gente leva em conta, com o carro atual eu largo ele em qualquer esquina e ninguém tá nem aí. Com carro novo dependendo de onde você vá tem que pagar estacionamento sempre. Carro é uma merda!

Mas a principal notícia está relacionada com a venda de parte de um imóvel deixado de herança que me rendeu uma bela grana e foi finalmente concluída esse mês. Esperei por quase um ano por isso, teve todo um rolo jurídico que eu não vou entrar em maiores detalhes. Agora é hora de redesenhar as estratégias de investimentos, alocar corretamente essa quantia em bons ativos e aproveitar esse atalho que surgiu pra minha independência financeira. Um dia esse valor provavelmente será usado para a aquisição de um novo imóvel em meu nome dessa vez, mas não tenho planos para isso para pelo menos os próximos 2 anos. E tendo dinheiro na mão é possível negociar grandes descontos, benefícios, estratégias diferentes de pagamento e etc.

A rentabilidade final, somando aportes e poupança, ficou em 8,12%. Considerando a entrada do dinheiro do imóvel como aporte, já que eu não considerava esse valor antes, cheguei em um incrível salto de 259,44%!!! Ah lelek lek lek lek!

Abraços!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Novas estratégias de investimentos

Fala pessoal,




Hoje quero falar um pouco sobre as novas abordagens que venho seguindo nos últimos meses.
Vou deixar bem claro aqui que estou numa fase bastante experimental relacionada a investimentos. Muito se deve a minha sensação de insegurança quanto aos rumos da economia e da política do país, já evidenciado nos últimos posts.

No final de julho, quando a bolsa começou a sua retomada após o desastre de desempenho que foi o primeiro semestre, tomei a decisão de operar com trades curtos. All-in (não com todo meu dinheiro obviamente, mas com o dinheiro destinado a renda variável). Meu capital para isso é mediano então o foco é sempre em ações com alta liquidez. Vendi as posições nas ações e parti para os experimentos nessa nova abordagem.

Em agosto comecei brincando com alguns trades já descritos aqui no blog. Consegui uma rentabilidade fraca, mas razoável. Ainda não tinha traçado uma estratégia clara de como operar com trades curtos.

Os resultados estão vindo em um ritmo interessante. Esse mês estou próximo de 5,5% de rentabilidade sobre o capital investido em ações esse mês seguindo essa estratégia. Basicamente tenho minha lista de papéis que eu acompanho constantemente, e então monitoro o humor do mercado, notícias positivas/negativas, tendências (sem me aprofundar muito em análise técnica e gráfica pois esse não é o objetivo principal) e vou traçando minhas decisões. Tenho minha lista de papéis favoritos, filtrados a dedo, sempre bons papéis em termos de dividendos ou potencial de crescimento, e somente opero papéis que eu já estou familiarizado.

Claro, esse mês foi um mês extraordinário para a bolsa, o desempenho de várias ações foi excelente, principalmente as queridas da blogosfera (e minhas queridas também) BBAS, EZTC, ETER se recuperando, até BICB, TIMP e outras surpreenderam. Mas eu diria que a estratégia não está relacionada ao bom desempenho da bolsa até o momento, ou seja, não importa se o Bovespa está subindo ou caindo, pois aqui contemplo até venda de ações a descoberto. Tudo depende do timing. Timing é a palavra-chave.

Não estou querendo ser arrogante de dizer que é possível prever movimentos, mas podemos aproveitar oscilações fortes momentâneas a nosso favor, e uma coisa que é fácil perceber depois de anos investindo é que essas oscilações ocorrem com muita frequência, basta você ter tempo para ficar de olho e aproveitar essas oportunidades. Um exemplo desse mês: saiu uma notícia negativa sobre as elétricas, que afetou principalmente Cemig. Cemig já estava sendo negociada a um valor bem próximo ao fundo dos últimos anos, e no dia que a notícia saiu, ela já abriu o pregão caindo mais de 3%. A notícia era bem superficial, não era garantia de impacto no papel e pra mim era claramente um caso óbvio de compra. Entrei com tudo logo depois da abertura dos negócios, sendo que o papel abriu caindo mais e logo depois começou a sinalizar uma reversão. No mesmo dia vendi com 2% de lucro líquido. Foi um caso até onde eu me arrependi de ter vendido pois o papel continuou se recuperando desde então e eu poderia ter saído da operação com um lucro bem maior. Mas lucro bom é lucro no bolso.

Outra oportunidade óbvia foi a queda das ações da Tim durante essa semana após a euforia que ocorreu depois do anúncio de compra da controladora da Tim pela Telefonica. O papel decolou no dia anterior de forma bastante exagerada, naquela noite após o fechamento do pregão começaram a pipocar notícias alegando que a compra pela Telefonica não seria tão benéfica para o papel e lá estava ele desabando no dia seguinte com a realização de lucros, dando oportunidade para uma venda a descoberto.

O principal ponto negativo dessa abordagem: exige maior dedicação ao home broker do que o normal. Não é todo dia que eu consigo algumas horas pra isso, e muitas pessoas quase nunca conseguem. Estou mudando alguns hábitos no trabalho para aumentar minha produtividade de forma a sobrar mais horas do dia para ficar de olho no mercado, e nos dias que o mercado está morno eu fico só acompanhando algumas notícias em paralelo. O lado positivo: controle maior do risco, foco em uma única operação, menos sujeito a efeitos externos e ao mau humor do senhor mercado.

Vou continuar seguindo com essa abordagem por mais um tempo. Se eu passar por alguma mudança de emprego ou aparecer um projeto mais apertado, volto a me posicionar em algumas ações e deixar a carteira no piloto automático. Mas o aprendizado até o momento está sendo muito interessante, estou gostando do resultado. O mais importante é que é uma abordagem que está me deixando mais tranquilo, sem tanta preocupação com as cagadas do governo e as perspectivas ruins pra economia brasileira nos próximos meses.

Essa mudança de postura veio principalmente depois de ler A Lógica do Cisne Negro. Percebi que é mais interessante diversificar na renda fixa, já que o rendimento médio acaba sendo parecido e o risco de concentrar tudo em um único investimento é muito maior (imagine colocar grande parte do seu capital em um CDB de banco pequeno e ele quebrar, ou focar somente em títulos pré-fixados e a taxa de juros decolar), e diversificar pouco em renda variável. Pela lógica do autor do livro é mais interessante se expor a operações assimétricas onde a perda é limitada e o ganho ilimitado, como operações avançadas com opções. Mas ainda preciso estudar melhor sobre opções para entender bem esse tipo de operação, sou muito leigo no assunto.

Abraços e um excelente final de semana a todos!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Para onde vai o Brasil?

A nova capa da The Economist mostra claramente a visão do investidor estrangeiro, do empresário e do investidor brasileiro. É o voo que falhou no meio do caminho, o foguete que se desgovernou e perdeu o rumo otimista que havia sido constrúido antes. Ao lado, a capa de 2009 que mostrava o belo cenário que havia a nossa frente, se o governo tivesse dado a atenção necessária para os desde então óbvios problemas que poderiam atrapalhar a decolagem.


Tanto aqui na blogosfera de finanças como nos comentários de economistas nos rádios, TV e internet, ficou claro que o governo errou. Errou feio. Errou em todos os aspectos. O governo Dilma conseguiu em três anos de mandato: aumentar de forma exorbitante os gastos públicos, aumentar o intervencionismo na economia, espantar os investidores estrangeiros (e até hostilizar o capital estrangeiro como se fosse algo ruim e desnecessário), minar a confiança do empresariado, forçar uma derrubada dos juros em um cenário óbvio de inflação no limite, criar medidas absurdas de protecionismo como a elevação do IPI em 30% para carros de fora, não realizar reformas estruturais e evitar as parcerias comerciais com outros países fora da América do Sul, que poderiam beneficiar muito o país.

Temos uma Petrobras que precisa torcer para que o preço do petróleo não suba pois isso pode causar prejuízo. Um setor elétrico atacado como se fosse o inimigo. A indústria morrendo lentamente, perdendo cada vez mais competitividade com outros países. Investimento baixo. Governo abrindo mão de reajustes de preços em tarifas, aumentando a insegurança econômica e o medo de quebra de contratos, o que aliás levou a presidenta a ir até o Goldman Sachs para dizer que o Brasil cumpre seus contratos sim senhor, causando risos na platéia.

Pra piorar não temos nenhum candidato de oposição para se aproveitar das incontáveis burradas do governo atual e apresentar uma proposta diferenciada atraindo a atenção dos insatisfeitos. Ironicamente o único potencial de oposição é Marina Silva, que luta para criar o próprio partido a tempo das eleições do ano que vem.

O projeto de poder perpétuo do PT se alastrou por todos os poderes: executivo, judiciário e legislativo. O julgamento do mensalão e seus embargos infringentes mostrou que não será necessário voto secreto na câmara para impedir qualquer absurdo de acontecer: os juízes deram a cara pra bater, tiraram sarro da pressão popular e o povo não foi pra rua. O prejuízo da corrupção agora se soma ao prejuízo que o país sofre ao travar o judiciário com mais intermináveis horas de abobrinhas e manobras jurídicas para arrastar esse processo. O PT já se alastrou de forma fatal. Eles não tem mais medo do povo. Dilma e Mantega continuam perpetuando mentiras, projeções surreais, maquiagens nas contas públicas e medidas populistas pontuais para controle da massa votante.

A capa da Economist veio no momento certo, pouco tempo antes das agências de rating começarem a cortar a nossa nota, o dólar disparar e a nossa bolsa voltar a afundar. Me mantenho completamente pessimista com os rumos do país. Estamos no caminho de virar outra Argentina ou Venezuela, com seus loucos no poder, seus inimigos declarados da imprensa, a inveja amarga aos Estados Unidos, e seu povo na miséria com inflação descontrolada e fazendo fila por papel pra limpar a bunda.

sábado, 14 de setembro de 2013

Funk Ostentação

É essa a merda que dominou as rádios em São Paulo e no Rio. Esse lixo sonoro que os metidos a maloqueiros colocam em seus carros e passeiam pela cidade na tentativa de pegar mulher. Essa bosta que ficou famosa depois que mataram aquele MC Daleste. O funk ostentação.

Essa nova vertente do funk é o melhor exemplo de que sempre dá pra piorar uma situação que já é ruim. Antes apenas com aquelas malditas músicas onde o único assunto era sexo ou crime, agora além disso eles banalizam o dinheiro e criam uma cultura contraditória onde o cara pobre da favela fica rico graças a indústria fonográfica cantando uma música lixo e pode ostentar isso com carros importados, mansões gigantes e 50 kg de ouro pelo corpo. Enquanto o cara classe média trabalhador massacrado por impostos continua sendo definido como playboy burguês filhinho de papai.

O programa A Liga da Band fez uma matéria que conseguiu dissecar a mente (?) desses cantores e mostra realmente que o funk ostentação e seus artistas são tão vazios quanto suas letras conseguem representar. Vale a pena conferir, apesar do vídeo ser bem longo:


A contradição das letras e da postura desses cantores é tão óbvia que entristece como a futilidade cultural chegou no limite. Um cantor desse consegue fácil R$ 50.000 por noite. A mulherada fica enlouquecida quando eles aparecem. Vejam no minuto 11 como elas começam a chorar quando um desses cantores aparecem e gritam ouriçadas. No minuto seguinte você vê o cara cantar uma música péssima e depois diz: "nosso trabalho é ostentar... Se a gente não coloca um carrão, uma 'cordona' e um 'relojão', a gente vai tá fora da ostentação".

No minuto 24 pra frente mostra um pouco do papel da mulher nisso tudo, portando-se como objetos de consumo, itens que fazem parte da ostentação. Algumas já são mais sinceras e dizem que os trouxas ficam pagando as coisas para elas.

O funk ostentação é o produto do crescimento econômico do país e do aumento do poder aquisitivo sem a estrutura educacional adequada. Formamos uma geração de pessoas idiotas, semi-analfabetas, completamente inúteis para a sociedade como trabalhadores ou empreendedores, cujo objetivo distorcido não é acumular patrimônio ou conquistas pelo trabalho e dedicação, e sim ostentar luxos, roupas de marca, ouro, carrões, com o objetivo único de comer mulheres. As mulheres desse meio por sua vez se realizam como moedas de troca, oferecendo sexo somente para os que ostentam mais, e abusando dos mais pobres (99%) que estão ali tentando participar da onda, endividando-se para poderem entrar na brincadeira e ostentar alguma coisa para terem uma pequena chance de serem aceitos pela mulherada. É a cultura principal da geração nem-nem (nem trabalha nem estuda, mamando nas assistências do governo), que são conduzidos pelo mainstream da indústria fonográfica como ratos de laboratório, perpetuando esse ciclo onde a minoria leva tudo (principalmente mulheres, o objeto principal) e a maioria sai da balada endividado, frustrado e sem recompensa sexual.

E principalmente o funk ostentação mostra que o cara pobre da favela que conseguiu o sucesso não está nem aí pra ninguém exceto para si mesmo, pois eles não optam por usar o dinheiro para ajudar os outros, e sim somente para benefício próprio, transformando-se em uma nova "elite da pobreza", mais uma para esmagar o verdadeiro trabalhador, aquele que nunca é recompensado e passa a vida girando na corrida dos ratos.