terça-feira, 19 de abril de 2016

O congresso brasileiro representa muito bem o Brasil atual

Domingo foi um dia histórico marcado pela abertura oficial do processo de impeachment no Senado depois de uma derrota esmagadora do governo na Câmara dos deputados. Foi um dia de comemorar que finalmente estamos presenciando a queda final do petismo como conhecemos e também de que a pressão popular surte efeito na política brasileira.

Mas também foi um dia deplorável onde a imagem do nosso país foi reduzida ao ridículo pelo circo de bizarrices que são os deputados que representam o povo brasileiro. Discursos surreais, populismo barato, cinismo total, figuras caricatas querendo aparecer, cuspes, exaltações a terroristas e torturadores, erros de português, pessoas ali com altíssimo poder que provavelmente não seriam mais do que zeladores e recepcionistas se trabalhassem na iniciativa privada.

Jair Bolsonaro teve uma grande oportunidade de mostrar força política e realizar um discurso que pudesse agregar votos para uma possível candidatura à presidência. Escolheu o pior caminho: exaltou um torturador da ditadura militar, em uma atitude que o afastou de parte de seu possível eleitorado e também deu munição para que blogs sujos e imprensa em geral o atacassem com toda razão. Sua fala foi desnecessária, beira ao ridículo e mostra que a sua figura é apenas uma caricatura endeusada por adolescentes e viúvos da ditadura.

Jean Willys mostrou ser uma criatura repugnante, um político da pior espécie: vitimista, fascista, arrogante, prepotente e extremamente estúpido, assim como todos os seus colegas de PSOL. É uma figura patética com viés ditador que não aceita o contraditório (essencial para um deputado em uma democracia), não possui capacidade intelectual para o diálogo e cometeu quebra de decoro ao cuspir na cara de Bolsonaro. Se Bolsonaro é ruim, Jean é 10 vezes pior, pois Jean recorreu a mentira ao divulgar em seus perfis nas redes sociais que Bolsonaro o havia agredido verbalmente e fisicamente, mesmo tendo inúmeras provas em vídeo de que o cuspe fora premeditado e gratuito. Jean mentiu para a sua própria massa de eleitores e seguidores boçais, coisa que pelo menos Bolsonaro nunca fez.

Os demais deputados são lastimáveis, massa de parasitas inúteis consumindo recursos públicos da classe trabalhadora para agirem como crianças perante as câmeras do mundo inteiro. PSOL, PT e PCdoB atraem o pior tipo de vermes possíveis, vagabundos que odeiam a democracia e exaltam assassinos em massa e terroristas.

Olhando para as pessoas no meio em que convivo percebo que ao contrário do que dizem o congresso representa muito bem o brasileiro, que ainda endeusa o Estado, desconfia da iniciativa privada, não lê, não produz valor, não acredita em trocas voluntárias livres, adora esmola e gratuidades falsas. O caminho que devemos trilhar é sempre buscar pela independência do indivíduo e a redução do Estado a suas funções básicas. Nenhum deputado ali representava isso.

O Brasil agora depende de um Senado ainda pior, com um líder puxa-saco do governo e acuado por acusações de corrupção (muito piores do que seu colega de bandidagem Eduardo Cunha mas que conta com o silêncio conivente da esquerda enquanto ajudar seus líderes). O processo de impeachment será lento, doloroso e ainda teremos muito tempo sobrando para destruírem ainda mais a economia e as contas públicas enquanto isso não acabar. O Brasil parou em 2014. Desde então temos apenas um governo congelado e devorador dos recursos dos empresários e trabalhadores, dinheiro que vai pro caixa dos 513 vendidos que deram o espetáculo da mediocridade no domingo, e que irá comprar seus discursos da forma mais conveniente em inúmeras formas de mensalão.

Que o Brasil não se torne uma Venezuela. E que a política seja melhor representada algum dia. O fardo do bolivarianismo, do coronelismo e do fascismo está extremamente enraizado nos nossos parlamentares e também nas cabeças de cada cidadão. E isso vai levar um bom tempo pra mudar.

3 comentários:

  1. Nerd, isso é apenas o começo. Tem muito ainda a fazer. Aliás, vejo pouca gente falando das eleições de 2018. E depois... em 2022? Ora... a maior parte dos políticos carismáticos são de esquerda. E o brasileiro não sabe votar, vota por impressões. Não duvido que Lula ganhe em 2018, e um personagem esquerdista ainda pior ganhe em 2022. Infelizmente impeachment não é tudo! O Brasileiro ainda tem uma mentalidade muito "o governo resolva tudo pra mim". Enfim, são todos problemas no Brasil... principalmente culturais (brasileiro acredita no que sai na mídia) e educacionais (as universidades produzem analfabetos funcionais e Jeans, Dilmas e Lulas em massa).

    ResponderExcluir
  2. É meu caro ... ainda vai demorar .... mas .. a caminhada é assim mesmo.. um passo de cada vez ..

    ResponderExcluir
  3. Nerd, infelizmente é isso mesmo que está acontecendo. Muitos de nós, brasileiros, elegemos deputados incapazes de exercer suas respectivas funções. Quanto às duas figuras específicas que você mencionou, eu sou um dos que pensava em votar no Bolsonaro até o domingo passado, mas ele perdeu a chance de ficar quieto ou apresentar alguma boa proposta para o país. Quanto ao Jean, teve uma atitude ridícula mas, pior do que ele, são os que o defenderam, por exemplo, nas redes sociais.

    ResponderExcluir