terça-feira, 12 de julho de 2016

Carteira do Nerd

Olá aportadores,

Algumas pessoas tem me questionado nos comentários qual seria a minha carteira de ativos atual. Sim, é o mínimo que um blog desse perfil deveria publicar, mas eu sou preguiçoso e sempre posterguei essa tarefa, até agora rs.

Eis a carteira do Nerd, destrinchada:

Fundos imobiliários (17,5% da carteira)

Comecei essa carteira em fevereiro para capturar a recuperação lenta da economia e a queda da taxa básica de juros, além de buscar a renda recorrente dos aluguéis.

Eis os títulos que a compõem divididos em fatias da carteira:



Como podem ver é uma carteira extremamente diversificada. O yield médio dela está em torno de 0,96% ao mês, além dela já ter valorizado aproximadamente 10% desde o começo. A idéia aqui é diluir o risco inerente aos aluguéis e buscar ter imóveis de diferentes tipos. Sigo indicações de serviços contratados para análise de papéis pois não sou bom nisso e nem tenho interesse de estudar a fundo cada título.

Tesouro Direto (51% da carteira)

Carteira bastante defensiva baseada em IPCA 2024 e Pré-fixados, todos adquiridos antes de Janeiro/2016 (onde os títulos ainda refletiam a expectativa de aumento na Selic, que foi revertida inesperadamente). Por isso se eu vender tudo agora a mercado estimo um ganho líquido de uns 10% no valor total da carteira. Talvez eu venda alguns pré-fixados quando a Selic efetivamente começar a cair e troque por IPCA 2035, mas por enquanto a estratégia é manter.



Bitcoins (9% da carteira)

Bom desde o ano passado eu comento sempre sobre bitcoins aqui e hoje aloco quase 10% da minha carteira na moeda virtual. Quanto mais eu leio sobre mais me empolgo sobre as perspectivas futuras com os bitcoins. Acredito que em meio as crises iminentes que podem explodir a qualquer momento na China e Europa além do mar de dinheiro barato que os BCs do mundo inteiro desovam afim de segurar a crise e deixar pra próxima geração a conta dessa brincadeira, muitos investidores irão procurar refúgio nos bitcoins e altcoins diversas. Fora as vantagens tributárias de estar fora do alcance do fisco e do sistema financeiro em geral. Se você presta serviços, trabalha como PJ, faz freelas... estude e aproveite as vantagens da moeda.
Sim minha alocação é relativamente alta e quero manter em no máximo 10% para minimizar o risco.

CDBs, LCIs e Poupança (20% da carteira)

Aqui não há muito o que detalhar. Compro títulos de bancos menores com prazos de 2 anos em média pagando acima do CDI, além de deixar uma parte menor em um CDB de liquidez imediata para poder utilizar em oportunidades pontuais de mercado (crashs da bolsa por exemplo).

Free float (2,5%)

Essa grana eu dedico para meu playground. Compro e vendo ações geralmente em swing trades. Essa hoje é a grana que eu uso para ações.

Porque não tem mais dinheiro em ações?

Estou sem paciência com a bolsa de valores, os fundamentos foram deixados de lado faz tempo enquanto a política não é arrumada no Brasil. Por isso desisti por um tempo de formar uma carteira de dividendos como já fiz no passado e tive muita dor de cabeça. Fico triste pois a nossa bolsa de valores é muito limitada, não existem start-ups, não existe inovação, apenas empresas gigantescas, boa parte delas amarrada com as merdas do governo, e as que podem fecham capital e caem fora. Pra mim não está valendo a relação risco x retorno. Faço meus tradezinhos com o pequeno capital direcionado para isso e já era. Digo isso como uma pessoa que por muitos anos tentou e patinou bastante na bolsa. Hoje durmo tranquilo.

De quanto dinheiro estamos falando?

Aproximadamente R$ 440k. O mais interessante é que a carteira tem crescido rápido desde o começo do ano passado onde a crise pegou forte. Em Janeiro/2015 era de +/- R$ 300k. Fui pra defensiva, além de ter conseguido aportar forte em alguns meses com rendas extras, e deu certo.

É isso aí!